Na manhã desta segunda-feira (4), cerca de 600 estudantes universitários de Camaçari se reuniram no Centro Administrativo do Município para protestar contra a suspensão do Transporte Social, Técnico e Universitário (TSTU), que atendia alunos em Lauro de Freitas e Salvador. A manifestação incluiu um bloqueio temporário na Avenida Jorge Amado, próximo ao Viaduto do Trabalhador.
A suspensão do transporte, anunciada na sexta-feira (1), gerou indignação entre os universitários que dependem do serviço gratuito para estudar. A gestão municipal justificou a medida como necessária para realizar "ajustes orçamentários" e cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101). O serviço deverá permanecer suspenso até o final do mandato do atual prefeito, Elinaldo Araújo (União), em dezembro. Até lá, os estudantes precisarão recorrer a transportes intermunicipais ou a aplicativos para garantir o deslocamento.
O TSTU já enfrentava críticas devido à superlotação, atrasos e más condições dos veículos. Estudantes relatam que interrupções também ocorrem durante períodos de greve nas universidades, quando o calendário acadêmico se desajusta em relação ao das faculdades privadas.
A Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), responsável pelo programa, informou que, no primeiro semestre de 2024, cerca de 2.500 estudantes estavam cadastrados no TSTU, cujos ônibus são operados pelas empresas DZSET Transporte e Logística LTDA e Safira Transportes e Turismo Eireli, contratadas por meio do pregão nº 0017/2022.
Os universitários, porém, atribuem a suspensão a uma retaliação do governo Elinaldo após a derrota do candidato Flávio Matos (União) na disputa pela Prefeitura de Camaçari.
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